Ele estava agoniado. Policial, esposa religiosa, pai de dois filhos, proprietário de um carro popular novo e às vésperas de ver o povo comentando o seu caso com um jovem cabeleireiro da cidade. Foi flagrado por uma das maiores linguarudas da pequena cidade em que nasceu e cresceu, e a propagação da notícia era certa.
Pensou em várias coisas... Até em matar a olhuda de língua grande, mas deixou esse pensamento para lá. Pensou na esposa que tinha a religião para se segurar, nos filhos que eram pequenos o suficiente para não entender o acontecido e nos amigos casados que já haviam traído suas mulheres, inclusive com outros homens.
Dormiu dividido entre pensamentos sobre o quando a notícia se espalhasse, e sobre o prazer que sentiu com o jovem, logo depois do flagra.
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