O adeus através da janela do ônibus foi a gota d’água no desabar das lágrimas. Estava com nó na garganta por que homem não chora, porém não conseguiu mais segurar o choro...
Lembrou-se que a ida da mulher pra São Paulo era a possibilidade de um futuro melhor para os dois. A tia dela tinha conseguido um trabalho de cozinheira na casa de um povo rico de lá, e se tudo desse certo, ele ia depois como jardineiro ou motorista.
Foram muitas as conversas para domar seu medo de perder a mulher para um paulista metido a besta, ou ainda para domar o orgulho de deixar a mulher tomar as rédeas do futuro do casal... Mas na cidade natal deles não havia outra saída, só salário de nada e humilhação.
À medida que o ônibus ia saindo da rodoviária, a esperança e a saudade estacionavam dentro dele.
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